Cada um dos muitos beijos que te dei (e dou) tem a sua própria história para contar, sabes?
Cada um fala de maneira diferente.
Cada um sabe de nós por si.
São todos tão diferentes!
Muitos, os primeiros e mais diferentes dos resto, diziam coisas como "Vou aproveitar-me de ti" ou "Isto é giro!", com um sorriso perverso bem marcado, enquanto pediam aos olhos e aos gestos que fossem fortes e sedutores.
Vieram uns quantos dizer "Que bom!" e outros "Outra vez!", para obrigar o último desta fase a dizer "Vais ver que ainda cá voltas".
E depois de mãos dadas e números trocados, ou números dados e mãos trocadas, pouco mais havia para dizer.
Só depois um beijo teve a tímida vontade de dizer "Que bom ter-te aqui", enquanto os outros iam saindo de mansinho e murmuravam "Fascinas-me", "És adorável", "Ainda bem que vieste", ou um "Gosto de ti" envergonhado, com o rubor de uma paixão de crianças, apenas retraído pela consciência de quem acha estranhas estas coisas.
- Toca-me, Abraça-me, Morde-me, Adora-me, Vem comigo, Sinto-me tão bem, Oh meu Deus!, Acho que me apaixonei, És tão querido, És tão bom para mim, Descansa, Obrigada...
Foram muitos, transitórios, confusos, progressivos. Cada vez com mais certezas... E vontades.
Veio por fim um beijo berrar "SIM!" a plenos pulmões e mudaram-se todos os sentidos.
Agora os beijos falam do que sentem, do que querem, de quem és, de como és, apertam-te, abraçam-te, querem-te sempre mais perto, querem-te sempre mais tempo...
Querem guardar-te sempre. Cá ou lá, quando chegam ou quando partem.
Amam-te.
Os beijos que te dou...
Os meus beijos amam-te.
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4 comentários:
Muito bonito, Alexandra. =) Continua a conhecer com o tacto!
E, como nao podia deixar de ser,
Um beijinho.
um beijinho de "vem rápido! preciso de um ombro!" =)
um beijinho de " vem rápido, preciso de um ombro!"
=)
;)
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