quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Perdido em Hamlet.

Não sei se quero, não sei se deixo,
Isto que sinto é forte, mais que desejo,
E quando dizes sim, podes pensar que não,
Mas dás-me a certeza que não é em vão
Sonhar, que se sonho é porque sinto,
Sim, mas a distância mata por dentro,
Fim.

Começou só porque sim,
E agora isto... Porque não?!

Depois de acordar sonhei,
E vi o que estava em frente,
Um coração que delirava de quente
No estado febril da verdade.
Quando sonhei acordei,
E aí percebi de vez
Que és só tu que não vês
Que me roubaste a liberdade.

A liberdade de ser como era,
A liberdade de com voz falar,
Que a minha garganta fechou-se nela,
E conversamos só com o olhar.



* Escrito há pelo menos dois anos. Surgiu agora meio do nada. Coincidência?