terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Uma nova dentada na maçã.

Passei toda a noite, sem saber dormir, vendo sem espaço a figura dela
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la,
Quase prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
E prefiro pensar dela, porque dela como é tenho qualquer medo.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
Quero só pensar nela.
Não penso nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.


Por Alberto Caeiro, o pastor amoroso.


Ai amor, eles não sabem nem sonham...!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Perdido em Hamlet.

Não sei se quero, não sei se deixo,
Isto que sinto é forte, mais que desejo,
E quando dizes sim, podes pensar que não,
Mas dás-me a certeza que não é em vão
Sonhar, que se sonho é porque sinto,
Sim, mas a distância mata por dentro,
Fim.

Começou só porque sim,
E agora isto... Porque não?!

Depois de acordar sonhei,
E vi o que estava em frente,
Um coração que delirava de quente
No estado febril da verdade.
Quando sonhei acordei,
E aí percebi de vez
Que és só tu que não vês
Que me roubaste a liberdade.

A liberdade de ser como era,
A liberdade de com voz falar,
Que a minha garganta fechou-se nela,
E conversamos só com o olhar.



* Escrito há pelo menos dois anos. Surgiu agora meio do nada. Coincidência?

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Wouldn't it be nice ?

Descobri finalmente, não sei se felizmente, o que significa ter saudades de alguém.
Senti na pele, no coração e no corpo, a falta do que mais quero.
Nunca antes tinha acordado e sentido que a cama era demasiado grande, e sei agora sentir-me adormecer no frio da solidão. O peso quente do cobertor passou a ser tão leve e frio quanto indiferente. Não se compara ao calor e conforto dos teus braços.
Não há nada como acordar ao teu lado.

E mesmo com incertezas, desconheceres, e inutilidades na cabeça, sou tua não o sendo e sou feliz.


...We could say goodnight and stay together.
Wouldn't it be nice if we could wake up
In the morning when the day is new,
And after having spent the day together
Hold each other close the whole night through...



I wish that every kiss was never ending.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Despertares

Não foi, não é, não será.

Mas é tanto, foi tanto e se for tanto quanto promete...



Ainda me lembro de ter os chamados "dias maus", mas já pouco sei dizer sobre eles.
Todos os amanheceres são felizes (uns, raros, mais felizes ainda). Não acordei dia nenhum sem uma música na cabeça, não acordei dia nenhum sem me lembrar que sou feliz, não acordo com os pés de fora.
Sou tudo e quase nada ao mesmo tempo. Porque ninguém é tudo. E porque todos somos mais que nada. Mas eu... Eu sinto-me nos extremos do possível, a roçar frequentemente o impossível. Sou mais, cada dia mais, cada música mais, cada beijo... Sou mais. Mas sinto-me menos, cada passo menos, cada hora menos, cada suspiro... Sinto-me menos.
Isto em dias normais.
Nos raros amanheceres mais felizes que tenho, sinto-me para lá dos limites do concebível. Nesses dias nem acredito no que sou. Nem sei o que sou. Não sou só eu.
Não posso ser só eu.

Nunca pensei que pudesse ser assim. A sério que não.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Há quanto tempo...

Acho que nem nunca pensei estar assim. Não nesta fase.

Aqueles (aquelAs) que me conhecem como decentemente se deve conhecer alguém sabem do que falo.

Eramos nós, um cafezinho, uma esplanada(?), e a Cidade. Com tudo o que ela implica!
(Até os livrinhos de pêlo vermelho!)
Sem dependências...! Nem sei explicar muito bem.

Sem 'serviço de entregas' (excepto aquelas ao domicílio...)

Assim, meio do pé para a mão, acabaram-se os domicílios, os quereres, os pedires, os mandares.
Acabou-se. Puff! Desapareceu.

Ando com um concha de prata ao peito que tem nela uma pérola. Em mim...
Vá lá... É uma das maiores private jokes que se podem fazer!
Mas ando. Porque apesar de não me representar, é assim que ultimamente me vejo.
Com pérolas para dar e vender. Porque quero perder muitas e sentir sempre que as tenho.
Porque a espera, a ânsia, é tudo tão... inocente. Tão bonito. Tão lamechas.


E estas coisas faziam-me uma confusão..!


Três dias. Só foram precisos três dias, destes dois que são a vida, para ficar tudo de pernas para baixo (que para o ar já elas andavam!) e funcionar tudo como funciona em casos ditos normais (o que se define como normal nos dias de hoje?).

E dois dias. Só dois dias...

AAAH !

sábado, 18 de outubro de 2008

Tudo mudou.

Não, ele já não é o destinatário habitual das coisas que escrevo.
(Cartas de Amor?)

Não, ele já não é.
E ele percebeu bem isso.

Deve ter bem presente na sua lembrança os dias em que ele me tocava e sabia que eu não ia sair dali, os mesmos dias em que olhar para ele era simplesmente vislumbrar o pecado, e os mesmíssimos dias em que tudo o que acontecia se resumia a 'terreno'.
Ainda há pouco ele julgava que continuava nesses tempos. Eu percebi-o bem. Não precisou de me explicar.
Ainda há pouco percebi que há muito mais na vida do que olhar para o pecado. Sem precisar de quem o explicasse, bastou-me senti-lo.
A forma como ele estava a falar comigo denunciou imediatamente as suas intenções. Eu limitei-me a rir.
A frustração dele por eu não lhe dar qualquer sinal teve ainda mais piada.
Ainda me ri mais.
Ele ainda ficou mais frustrado.
Não te nego que ele me agarrou e tentou de todas as maneiras que sabia obter uma resposta minha. Só não o afastei imediatamente porque estava mesmo a tentar perceber até que ponto me mudaste.
Não o estava a testar a ele. Não estava a gozar com a cara dele. Estava a testar-me a mim própria.
Porque o fiz e porquê ele? Porque um dia ele foi quem mais me tentou.

Queres saber como aconteceu e qual a conclusão?

Não senti nada. Não lhe permiti nada. Não me saíste da cabeça.
Ele beijou-me e não levou resposta. Ele tentou provocar-me e não houve qualquer reacção.
Enquanto ele se esforçava por levar a melhor, eu escrevia mensagens quase escondidas de beijos e sentimentos que só podia mandar a ti. Porque não faria sentido mandar a mais ninguém.
Acabei por lhe dizer "Leva-me a casa", como disse tantas outras vezes. A diferença é que de todas as outras vezes eu não queria voltar a casa.
Notei-o chateado, frustrado, sem saber o que tinha acontecido.
Não me importei.

Resumindo:
Eu estou bem diferente.
Já não é ele que me interessa.
Nem ele, nem os outros.

És tu.
Só tu.

Não são Cartas de Amor.
Já não se escrevem dessas.

São mensagens. São as horas à espera que toque o telemóvel. São todas as coisas que te digo e escrevo.
Só porque as cartas já não se usam.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Antes do Amanhecer


Foi quando te conheci.
Não sei falar de amor.

A Lua crescia.
Também eu.
Não sei falar.

Já te vi.
Assim. Ali.
Quero tanto falar.


Cada beijo que não te dou, cada vez que não te vejo, cada vez que a minha mão fica por te dar, cada vez que...
Não te mando mais beijos. Não te procuro mais com o olhar. Não quero mais a tua mão. Não te quero mais.
Até estar contigo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Alquimia do Mundo

Falando de Amor puro:

- Se o que encontraste é feito de matéria pura, jamais apodrecerá. E poderás voltar um dia. Se foi apenas um momento de luz, como a explosão de uma estrela, então não vais encontrar nada quando voltares. Mas terás visto uma explosão de luz. E só isso já valeu a pena ser vivido.

in O Alquimista, de Paulo Coelho.

domingo, 12 de outubro de 2008

Quero viver.

Hoje vivi com esta imagem na cabeça:

Uma rua atarefada de trânsito, lojistas, pessoas na correria das suas vidas. Nessa rua, sozinha e discreta, uma porta de entrada para um prédio antigo.
Um daqueles prédios de uma qualquer baixa citadina.
Uma fachada pouco cuidada que relata a história da sua imponência dos tempos em que era recente, três pisos, mais o do telhado com as janelinhas a rebentar das diagonais.
A porta é de ferro antigo, a fechadura já não é a original, nota-se pelo brilho do canhão, que contrasta com a ferrugem dos moldes da porta.

Eu venho simples, nos meus All-Star que em "casa" já tinham ido pela janela. Quem me vir não me julga profissional do meu ramo, são capazes de me encarar como mais uma teen que nada faz pela vida.

Enganam-se.

Tenho toda a minha vida.

Abro a porta de ferro com esforço, venho a cantar e a sorrir. Felizes dos que fazem as duas coisas ao mesmo tempo. Subo as escadas de madeira antiga até ao último piso.
O das janelas anti-diagonais.
Sempre quis um quarto no telhado.
Abro a porta e entro em casa, o único sítio a que chamo 'Casa' de peito cheio, porque é neste espaço que sou eu, é este espaço que eu crio conforme dá vontade, é aqui que tu hoje estás à minha espera.

É um espaço amplo mas acanhado e modesto. Há livros pelo chão, discos e cd's por tudo o que é prateleira, a cama está por fazer, os tecidos que aspiram a portas esvoaçam à brisa das janelas abertas, há fotografias de todas as vidas ao acaso na parede, cheira a incenso, e vejo-te sentado no sofá. O meu corpo não consegue sorrir tanto quanto lhe manda o meu coração. Aproximo-me e dou-te um beijo, sento-me contigo e de olhos fechados sinto que os teus braços são o meu mundo.

Morde-me o coração.

Não se ouve nada que não os barulhos da rua. Falamos de coisas que nada importam, porque o que te quero dizer, digo tão somente por te olhar (nunca por dentro!).
Não somos nada, mas podia jurar que somos tudo.
É dessa liberdade que somos feitos.
Odeio quando partes, tu sabes, mas voltas e somos felizes.
Tens-me enquanto cá estás, e quando vais levas parte de mim contigo. Afinal é assim desde o início...

Numa casa que é minha por partes, numa terra que ninguém sabe onde é (para lá do paraíso), num mundo em que só nós respiramos.
Foi no sonho desta quase utopia que me perdi esta tarde.
Enrolada na minha cama, com um livro na mão e a vontade de ti ao meu lado.


Por mais coisas que eu diga, por mais imagens que crie, por mais entrelinhas que apanhes, o meu olhar nunca vai estar aqui.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Saudades? =)

Olá, blog fofinho, queridinho, xuxuzinhoo!!
Festinha no cabeçalho, blog.. Gosto tanto de ti!

Juro que não te deixei ao abandono assim à toa, como tu deves pensar!
Só que.. Se vires bem, as coisas que te digo, e que tu depois dizes às pessoas que vêm ter contigo, estão sempre carregadas de uma certa emoção... Uma melancolia parva que me faz escrever, pronto!

E o que é que aconteceu, perguntas tu, blog. Ora bem, acontece que se meteram as férias de verão...
E com isso veio a alegria, a energia, a agitação que não deixa chegar a inspiração para as histórias que te conto! Mas tarde veio também a felicidade. Já te conto! =P

Sabes como são as coisas.
Acabaram as frequências lá no IMT e pernas-para-que-vos-quero!, lá foi a Chincha para a coboiada com os amigos!
Algarve (Rua da Oura e italianos!), Alentejo (o paraíso de sempre), Espanha (err..), praia, passeios, Avante...
Aquelas coisas que nunca faltam!

No meio de tanta agitação, cheguei a parar e a pensar "Bolas, nunca mais conversei com o Livre de Mim!" mas pa... Lá está! Demasiado alegre para melancolias!

Tiveste saudades minhas, não tiveste, fofinho?? =)
Eu também tive saudades tuas!
Juro que o teu nome vai já para o meu nick do MSN!

Estás contente, blog? =D
Estás, pois!
Então para que é que queres a Amy a voltar ao preto?
Vamos ouvir o quê? O que é que te apetece?
Acho que o ambiente pede... Brasileirada!
Estou doente! xD

Jesus, essa aí é prá você, garotaaaa!!! =D
- 4donos! (esta foi para mim)

Blog, fofinho, felicidade... Uma andorinha não faz o verão.

Não contes nada a ninguém!
Eu já não sou eu. =$

Sabes, não sabes? Está "estampado na cara"... Nem te digo mais.


Blog, só mais uma coisa...




Quem é que fala com um blog?? O.o

sábado, 12 de julho de 2008

Boca no Sóce !

Mas que bela noite, han?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Sem sal.

Sem emoção.
Sem...

...Aquilo.

Eu? Não. Eu tenho tudo. As cartas é que o dizem!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Sou pirata, e gosto!

Tanta gente tão imperfeita...
Tanta gente que se julga perfeita...
Tanta gente tão longe da realidade.

Posso dizer que tenho um mapa do tesouro?
Do meu tesouro?
Guardo lá todos os quase-perfeitos.

Perfeição? Um conceito.
Não existe. Na prática não existe. Mas quase.

Sou pirata do meu mundo.
Tenho as riquezas de que preciso.
Tudo o mais vem por acréscimo.

Sou feliz, e guardo os motivos num cofre por baixo de um X vermelho.

O brilho do ouro?
As purpurinas também brilham...
Também as tenho, mas não estão no cofre.

Tenho-te a ti no cofre, Amor, não fujas.
Um dia tiro-te daí.
Mas para te guardar sempre comigo.

domingo, 29 de junho de 2008

Noites de Arraiais!

Que belas noites, han?
Estas noites de verão de cheiro a vinho, sardinha assada, e manjericos.
Estas noites que me fazem rir como quase nenhumas.
Estes olhares cruzados propositadamente frustrados, que inspiram rimas indirectamente directas a ti.

Há quanto tempo não te via por aqui.
Até as teclas te estranham.
E muitos me estranham por falar outra vez assim.

Entre cantigas e gargalhadas, momentos descaradamente oportunos e senhas cor de rosa, esta foi uma das noites mas divertidas que tive nos últimos tempos.
E as mais divertidas têm tido sempre algo em comum. São noites sem preconceito, sem papas-na-língua, descaradas, reveladoras.
São as noites de verão que aprendi a conhecer.

São as noites que mostram quem importa.
São as noites que mal suportas.
São as noites que me deixam feliz.

Coitados daqueles que se identificam.
Coitados dos que agora querem o que já não têm.
Coitados dos que deram um tiro no pé.


Mas olha...

Vai dançar com quem te quis olhar.
Eu vou continuar a andar.

sábado, 21 de junho de 2008

Momentos Perfeitos

Estava uma noite amena naquela cidade de pedra que eu quase não conhecia.
Aquele quarto de segundo andar era pequeno, quando se entrava quase se tropeçava num pequenino sofá individual. Do lado esquerdo estava logo a porta da casa de banho. Pequenina.
Quem entrava e se virava para a direita avistava um simples mas bonito varandim. As portadas e as grades pintadas de branco, destapadas dos cortinados, deixavam entrar a agradável luz de fim do dia. Dava para um pequeno largo, com um belíssimo jardim, e uma árvore antiga que saudava todos quantos ali dormiam.
Encostada à parede do lado direito de quem conversava com o pôr-do-sol, estava uma cama de solteiro, com uma pequena prateleira por cima. Na parede oposta, a um metro da cama, estava uma televisão que fiz questão de manter desligada. A cabeceira da cama encostava-se a um enxerto de parede perpendicular, que não deixava os sonhos sair porta fora.
As paredes tinham um tom de bege cansado pelos anos, que dava vontade de abraçar todo aquele espaço.

Respirar aquele ar doce e calmo pareceu-me tão pouco.
Queria aquele canto para sempre.

Estava cansada da viagem, e, depois de ajeitar as malas por baixo da televisão, pus-me mais à vontade e desci ao rés-do-chão para ir buscar um café com leite bem quentinho, que o ar fresco das noites de Outubro começava a fazer-se sentir.

Voltei ao quarto, com o café que pousei na prateleira por cima da cama, não fechei os cortinados porque sabia bem aquela luz da rua, peguei num livro e no mp3 e deitei-me na cama, virada para o pequeno varandim.
Quando ia ligar o mp3 ouvi um murmúrio da rua. Tirei os phones dos ouvidos e tentei perceber o que se passava.

Era um som suave, mas profundo. Tinha um toque de antigo, e uma certa inexperiência do que é novo, era perfeitamente equilibrado. Sabia tão bem ouvir.

Estava um homem, quase rapaz, na varanda do cimo do prédio em frente a tocar saxofone como se a estabilidade daquela cidade de pedra dependesse dele.
Parecia que tentava fazer o mundo girar ao contrário. Queria que o tempo voltasse para trás. A melancolia daquele som tocou toda a gente.
As ruas, que antes estavam tão agitadas, calaram-se para o ouvir.

E eu fiquei sentada no chão do meu quarto, encostada às portadas abertas, enrolada num casaco, com o café nas mãos e os pés a dar para a árvore que fazia as suas folhas ao vento acompanhar o senhor do saxofone, numa melodia tão fluida, tão quente, tão refrescante, tão diferente...

Ele nunca desistiu.
E eu acabei por adormecer com a janela descoberta, aconchegada e abraçada pelo calor da música daquele homem que libertava a alma num saxofone.


Foi um dos melhores momentos da minha vida.
Senti que não me faltava nada no mundo.
Agora fecho os olhos e sinto o luar, o vento, as folhas da árvore, e o som do saxofone reluzente do homem que tornou aquela noite tão melhor para Santiago de Compostela.

domingo, 15 de junho de 2008

Tu és assim.

Procuras ser livre. Pouco consegues.
Mas não te comparas com aquilo que já foste... Se o fizesses certamente terias uma muito agradável surpresa.

Tentas ser agradável para todos.
Gostas de mostrar que és tão acessível e simpática e interessante como sabes que és.
E pensam que vives para isso.
Antes de viveres para ti, vives para os outros. Dizes pequenas mentiras que não são tuas, porque por ti nunca mentes, para deixar os outros no pé em que se quiseram apoiar. Sabes que cada um faz a sua vida e controlas o teu instinto para não meteres o bedelho no que te não diz respeito.

Há quem saiba isso de ti.
E há quem ache que fazes tudo apenas por ti e pela tua vida.
Nem sonham que mesmo o fazes pela tua vida é a pensar nos outros.
É isso que te faz sentir feliz e realizada. Ter o bem de toda a gente.

Não fazes chantagem, e poucos são os que te permites manipular.
Quando o fazes, é pelos teus ideais de Bem e pela tua vontade maior de o espalhar. No entanto sentes-te sempre só uma, humilde na tua liderança que tantos te gabam e alguns te invejam.

Gostas mesmo do que fazes e, apesar de falares com orgulho, não procuras vangloriar-te. Reconheces a tua condição humana, estúpida e mortal.
É por sentires que consegues muito do que procuras que ficas fora de ti de alegria. Queres partilhar a felicidade que sentes sem que te achem arrogante, egocentrista ou qualquer outra coisa que sabes que não és e que te parecem definições injustas, não só para ti.

...E vais falando discretamente numa pessoa que não a 1ª, na esperança que, antes do último parágrafo, alguém que verdadeiramente te conheça te reconheça nos sentimentos e vontades que descreves...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Sabes que mais?

Nunca tive tanta vontade de apenas um beijo teu.
É verdade! Não me custa admitir isso. Não sei se algum dia te vou dizer isso, o mais provável é que me faltem as palavras à tua frente.

Era chegar perto de ti, encarar-te com um sorriso, que correspondias sem dares conta, deixar a proximidade trazer o brilho nos olhos, e, dizendo-te apenas um "Olá", ter os teus braços pelos meus ombros, e os meus braços pela tua cintura e pelas tuas costas, respirar fundo e saber que em nenhum lugar eu poderia estar melhor do que estava ali, contigo.

Mas não te conheço assim.



Ainda não.

domingo, 1 de junho de 2008

Lembro-me bem.

Estavas ao meu lado, de mãos nos bolsos, tão calmo, tão sereno...
Tentavas disfarçar a situação em que ambos nos colocámos.
Também eu o fazia...

Até que resolvi acabar com aquele teatrinho inocente.

Peguei na tua mão direita (que estava do meu lado esquerdo) e virei-me para ti.
Olhaste para os meus olhos com cara de quem tem medo, aposto que engoliste em seco. Ficaste nervoso de repente.
Pus a tua mão direita do lado esquerdo do meu pescoço. E com a minha mão direita, peguei na tua mão esquerda, que arrastei pelo ar espesso daquela noite até à minha cintura.
Tu não ofereceste qualquer resistência.

Olhei para cima, para ver o brilho dos teus olhos castanhos, e levei a minha mão direita (que tinha deixado a tua mão no meu corpo) ao teu pescoço.

Até aqui, parecias um boneco, daqueles manequins das montras. Mudei a tua posição e tu nada fizeste a não ser olhar para mim.

Mas foi quando eu me estiquei até ficar em bicos de pés, e me aproximei mais de ti que tu reagiste, e baixaste a cabeça.
Enviaste os teus lábios na direcção dos meus, que já procuravam os teus há tanto tempo...

Não sei que beijo magnífico foi aquele. Mas dura até hoje.



Ou teria durado, se eu fizesse mais do que apenas sonhar contigo.

sábado, 31 de maio de 2008

Mas posso...?

Se é aqui que eu estou, é porque é aqui que eu sinto que devo estar.
Se é aqui que eu QUERO estar, deixem-me ficar aqui.
Se eu precisar de alguém, ou de alguma coisa, hei-de chamar.

Este é o meu espaço. O meu Habitat. O sítio onde quero ser só eu.
Não quero perder tempo com nada que eu não sinta que seja útil.
Não quero fazer nada se não estar comigo mesma.

Pelo menos aqui, deixem-me fazer isso.

Não está como vocês querem, ou como acham que devia estar. Okay. E então?

Também não está como eu quero. Nunca vai estar. Quero coisas demasiado diferentes.
Mas está como eu não me importo que esteja.
Não acho que esteja mal. Está muito bem para o que é.

Não está cheio de porcaria. Não, não está.

Estou aqui, e gosto de aqui estar precisamente porque aqui não preciso de lutar por nada nem ninguém, não preciso de agradar, não preciso de sorrir ao que está minha volta.
Aqui vivo eu com as minhas falhas.
Não me são permitidas em mais lado nenhum.
Por isso... Ai de quem não mas permita aqui.



Qualquer dia fecho isto à chave.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

(sem título)

É inexplicável.

18 anos.
No topo do meu mundo.
Completa, realizada.

Orgulhosa, independente, tão dependente e humilde.

Não tenho sorrisos suficientes!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

- Quase Perfeito -

- Donna Maria -
Não me lembras o céu
Nem nada que se pareça.
Não me lembras a lua
Nem nada que se escureça.

Se um dia me sinto nua
Tomara que a terra estremeça
Que a minha boca na tua
Eu confesso
Não sai da cabeça.




Sabe bem...


Some kind of High School crush ! ^^

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Há quanto tempo não danças comigo?

Lembras-te de quando me levaste a jantar naquele barco, no Tejo? As luzes da cidade ofuscavam qualquer postal. Inspiravam à filosofia da vida.
Pegaste na minha mão e, apesar de só estarmos nós, começaste a cantar e dançámos até nos apetecer.

Lembras-te das nossas noites?
...de como eram as estrelas quando nós passeávamos?
...das conversas amenas daquele verão?

Quantas vezes dançámos nós?

Tenho tantas saudades de dançar assim contigo.

E hoje? Vamos dançar?

Quero arrepiar-me com as músicas, e ser novamente ar nas tuas mãos.
Quero tanto voltar a estar como estive.
Quero tudo outra vez.

Onde estás?






(Já escrevi isto há algum tempo, não me recordo do porquê, portanto... coiso.)

(Na verdade até me lembro. Mas isto é demasiado indirecto.)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Livre de Mim

Que calma.
O silêncio daquela rua tornava-se incompleto pelos sons de várias vidas de todos os dias. Os fornecedores do talho, o talhante, pessoas ao telemóvel, cães, pássaros, as conversas do vento com as folhas das árvores...
Era quase hipnotizante o som dos detritos arenosos debaixo dos meus pés, a cada passo meu.
Não havia sons estridentes.

O murmúrio daquela rua trazia calma, inspiração e uma certa luz a alguns pensamentos. Muitas das coisas que costumavam ocupar-me a cabeça com demasiados pontos de interrogação passaram a exclamações radiantes que fiz para mim mesma, sabendo o que valho.

Percebi que me desprendi da vida em que procurava encontros.

São os encontros inesperados que correm melhor, e fazem melhor.

Andava cansada de correr para autocarros com destino à Vila da Monotonia, e nem eu percebia isso. Doíam-me os dedos de escrever demasiadas mensagens que a longo prazo me levaram a lado nenhum. Sentia-me inútil e despojada de qualquer cultura, muito provavelmente influenciada pelo ambiente em que me afogava.

Mas isso agora já passou.

Voltou aquele q.b. de espontaniedade à minha vida.

Nos últimos dias fiz coisas não-planeadas, que, até ver, me estão a correr bastante bem. Aproveitei os momentos em que surgiram as ideias e aliei-me a elas para fazer delas acções. Não considerei momentos oportunos, porque algo me dizia que eles nunca haviam de chegar.

Aproximou-se um rosto vagamente familiar...

- Olá, desconhecida!
- Olá, estranho.
- Ontem não me disseste o teu nome.
- E hoje também não to vou dizer.
- Respeito isso. Para onde vais?
- Para onde não te vou levar. E tu?
- Para onde tu vais passar.
...

Quantos sorrisos..!

Vou deixar a vida acontecer, e não fazer nada que ela não queira.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Em altas !

É !

Continua a onda do "ahahahah!".

Sinto-me pioneira, quase revolucionária, líder, e pressinto um caminho de sucesso.
Como qualquer Leão às direitas, quando tudo isto se reúne o que é que dá?
Uma leoazinha super feliz! :D

Oh... É isso e... bem...

" CAGUEI-TE NA TOLA ! "

E por agora já chega.
Não estou em baixo, portanto não há cá textos inspirados nem poemas melosos para ninguém.


Beijinhos e abraços! ** :D

sábado, 10 de maio de 2008

Yeah !

Apetecia-me mesmo escrever sobre barretes e pessoas a quem estes servem tão bem.
"ahahahah" (continua a fazer-me rir às gargalhadas!)
Mas não.

Dois coelhos de uma cajadada!

Se eu estou bem?
- Ah, claro que sim, isso preocupa-te...

Se eu estou bem?
- Mas queres parar?!?

Se eu estou bem?
- ...Talk to the hand!

O que vou fazer?
- Ahahahahah! Contigo... Nada!

O que vou fazer?
- Sai daqui! LOL

O que vou fazer?
- Dass, que é burro!



Ainda pensei meter Dire Straits - Your Latest Trick aí em cima, à direita, mas é música de fazer meninos (continua a ser de extrema qualidade e a arrepiar-me mas... coiso) e digamos simplesmente que não se adequa minimamente ao estado de "ahahahah!" em que me encontro.

Por isso fica como está, Beach Boys!

A vida tem tanta piada!

And she'll have Fun! Fun! Fun!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

ihihihih ^^

Eu aaaaadORO(!) quando uma coisa que me enerva passa a ser completamente indiferente.
E num só dia isso aconteceu-me duas vezes! :D

Passo a explicar (mesmo que não interesse a ninguém):

1. Uma das coisas que me andavam a mexer com o sistema nervoso (incluída no último post) desvaneceu-se numa tarde muitíssimo bem passada. E eu até tolerei uma mentira óbvia! :O
Estava mesmo bem disposta!

2.(esta é mesmo a melhor!) Sentia-me dependente das vontades de outrem, e ficava apenas a ver o meu juízo a ser consumido. Pois bem. Foi no meio de um monte de gargalhadas abafadas na almofada (muitas gargalhadas mesmo) que percebi que me tinha finalmente libertado de uma estupidez.
Tanto que hoje passei o dia todo a rir-me da cara-podre de certos indivíduos.

"Ahahahahah" (Às vezes até me venero!)

E pronto, era só para dizer que hoje me sinto 'supé' bem outra vez, e para registar os motivos.
Ah sim, porque, apesar de eu saber que não me vou esquecer disto tão depressa, isto é bom de mais para não ser partilhado! :D


E hoje até mando beijinhos! ******

terça-feira, 6 de maio de 2008

O que é que se passa aqui?

Não sei se lhe devo chamar "integrar" ou "protagonizar".

Sei que me mexe com todos os humores, os bons e os maus.
Os bons reprimem-se...
E os maus revoltam-se!!
(Ou se calhar até são só as estúpidas das hormonas.)

Quando se tem espaço livre à nossa frente, o que é que se faz?

AVANÇA-SE!!!

Pois, acho que sim.

Mas não... Nada!
Absolutamente, rigorosamente, estupidamente... NADA!

Porquê? Desvios? Coisas? ...Outras coisas?!?

Devem ser outras coisas. Pelo que percebo desde o início dessas outras coisas que essas outras coisas dão vontade de desvios para... outras coisas!
Ah, mas eu não deixo!
Não deixo, não! Hei de jogar todos os trunfos deste baralho (e de outros, que as minhas mangas são grandes!), hei de ficar com todos os pontos! Áses, manilhas, reis, valetes e damas!!
Resta-me esperar que ninguém esteja a contar as cartas.




Rei de Copas.

Quem roubou...?

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Choveu..?

Todos estavam vestidos de branco. Ela, eles e elas.
Só outras pessoas se vestiam de preto, pessoas com ideias distorcidas.

As pessoas que se vestiam de branco viviam felizes.
As que se vestiam de preto viviam de alguma maneira realizadas pelo mal que faziam.

Um dia, uma pessoa vestida de branco juntou-se a um pequeno grupo de outras pessoas vestidas de branco.
Ela, que sempre fizera parte desse grupo, conhecia essa pessoa.

O branco é a junção de todas as cores.
O preto é a ausência de todas as cores.

Um dia choveu.
Água pura como que de nascente.

E só ela ficou com todas as suas cores.
Porquê?

quarta-feira, 30 de abril de 2008

And I'm feeling good !

Estou agora na "sala HiTech" do IMT (Instituto de Medicina Tradicional), em vez de estar na aula de Farmacologia atenta a um trabalho que alguém deve estar a apresentar (todas as aulas funcionam assim), já lá vou assinar aquilo...!

Continuando...

Resolvi vir aqui deixar este post simplesmente porque:

- "Todos os dias são errantemente perfeitos";
- Sou feliz por ser o que sou;
- Tenho toda a vontade de levar a minha vida o mais longe que possa;
- Sinto que tenho muito daquilo que se quer;
- Sei o que valho.

Sei que pode parecer uma "necessidade de afirmação" ou até mesmo um post um bocado arrogante, egocentrista, o que quiserem.
Mas este blog também funciona como um livro de memórias.
E sinto-me tão bem que quero deixar isso bem claro.
Daqui a uns tempos, se este espírito me deixar, volto a ler este texto para o agarrar.

Já agora...

Porque é que lhe chamam "sala HiTech"? O.o

terça-feira, 29 de abril de 2008

São nove horas da manhã...

Ela estaciona o seu jipe novo mesmo em frente ao espaço onde trabalha.

Não é um consultório, nem um spa. Talvez uma mistura.
Todos saem de lá a sentir-se melhor.

Num gesto rápido, com as mãos recém tratadas numa boa manicura, tira os óculos escuros da cara (são mesmo giros), arrastando-os para o cabelo escuro brilhante, que está tão bem apanhado.

Tira a chave da ignição, olha para o relógio (super chique), pega na sua mala (super gira), na agenda (super cheia) e no copo em que trás o seu indispensável capuccino matinal, e desce do jipe (super caro).
Sacode as pernas, numa tentativa apressada de ajeitar as calças do seu fato branco que comprou a semana passada numa daquelas lojas caras.

Tem a mala ao ombro, a agenda trancada com o braço contra o corpo, a chave do jipe numa mão, na outra tem o capuccino, tem as unhas bem pintadas num tom claro, os olhos brilhantes de quem é feliz pintados com aparência natural, os lábios hidratados pelo batôn levemente brilhante, a pele luminosa devido ao bom tratamento que leva, o cabelo recentemente arranjado, e a alegria de quem corre por gosto.

Carrega num botão da chave do jipe que o tranca e acciona o seu alarme, corre em passos pequeninos sobre os seus sapatos de salto alto fabulosos até entrar no seu espaço.
Diz "Bom dia!" à sua recepcionista com o sorriso bem-disposto de todos os dias, continua em passo acelerado até à sua secretária, pousa o capuccino que já quase acabou de beber, a agenda, a mala, guarda a chave do jipe, tira o casaco do fato branco e pendura-o com a mala num cabide atrás da porta do seu... consultório?
Todo ele está bem decorado, inspira à boa vontade e bem estar.
Liga o computador, um fiel ajudante à sua missão de todos os dias, e faz uma chamada do seu telemóvel enquanto abre a agenda para ver quem vai atender a seguir.
"Já estou aqui" Diz com uma voz confortável quando a outra pessoa atende a chamada.
"Vá, tenho que desligar, já devia estar aqui com o meu paciente. Tem um bom dia, amor."

Tem 28 anos, o seu próprio negócio em ascensão, e uma vida cheia do que é bom.

Depois de uma manhã inteira a procurar espalhar o bem, entra no jipe às 13h, vai ter com a sua mãe a uma belíssima casa, almoça por lá. Depois do almoço, uma das suas melhores e mais fiéis amigas de há tantos anos aparece por lá também, e seguem as três para as compras.
Não serão compras fúteis, não desta vez.
A mãe tem os olhos emocionados de quem quer chorar, põe a filha e a amiga da filha (que é solidária nestas coisas) a querer chorar também.
Choros, coisas de mulheres.

Ela tem 28 anos, mais um do que os artistas, tem o seu negócio em ascensão, uma vida cheia do que é bom, uma excelente família, e um espectacular círculo de amigos.

Ela tem 28 anos e casa na próxima semana com um homem que lhe dá valor.



Também ele tem uma vida cheia do que é bom.
E tem-na a ela.

O Sexo e a Cidade

Duas amigas.

- Então, que fazes logo à noite? Vamos dar uma volta?
- Não sei se posso. Vou estar ocupada. Espero...estar ocupada!
- Uuui! Então?
- Oh... Sou capaz de ter gente em casa...!
(risos)
- És sempre a mesma! Esse teu apartamento deve ter um íman qualquer.
(risos)
- O apartamento, o carro... Espera... Se calhar sou eu!
- Ainda estás com dúvidas?
(mais risos)


Porque as Mulheres fazem o que lhes apetece.
E porque os homens ficam contentes por ser homens, mas nós ficamos orgulhosas por sermos Mulheres!

^^

segunda-feira, 28 de abril de 2008

"Vais ser uma esposa muito sexy"

É de vontades e de esperanças.
É de sonhos e divagações.
É de mudanças e batalhas.

É de tudo, que se fala.

Daquilo que ficou para trás, e das saudades que isso dá.
Daquilo que se quer pela frente, e dos receios que isso trás.
Daquilo que se sentiu, se sente e se quer sentir.

Depois de querer destruir a igreja, de desejar que fosse sempre de noite, e de ter umas quantas ideias menos adequadas a um quotidiano, um banco de jardim (ou passeio, ou paragem) acolhe todas as conversas, demasiado altas para quem não quisesse ouvir. E são essas conversas que libertam e mostram as coisas como elas são.

Imaginem com passar dos anos...!
Imaginem daqui a mais uns 10...!
A Cidade está cá... O resto também!

Cheira a licor, cheira a fumo (e o fogo já passou), cheira a cebola a mais num cachorro, cheira a uma noite memorável.

Essa noite continua quando toca o telemóvel.

Demasiado marcante para passar ao lado.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Música, álcool e cartas.

Pouco mais se quer da vida.
Hm... Muito mais!

Alabama Song, uma boa aparelhagem, chuveiro sem cortinas, garrafa já menos de meia.

Este deambulismo está a tornar-se frequente.
Não é que me queixe, nem que esteja farta.
Só não é tudo o que quero.

São experiências.
Muitas.
Daquelas com efeitos colaterais.

Cheguei a um ponto em que confio mais nas Cartas do que nas pessoas que se afastam.
As cartas falam bem.
As pessoas que se afastam (e que eu já afastei) nunca disseram nada. Ainda bem.

Verde, negro, cinzento, castanho, mais todas as cores da amizade.
O branco do vodka, a cor única da ginja.
Todas as cores das ruas, mais a indefinição do álcool.

À noite! Um brinde à noite!

Um brinde ao ser. Um brinde ao não ser.
Um brinde ao ter. Um brinde ao repudiar.
Um brinde ao querer. Um brinde ao falar.

Um brinde à vida, que é curta de mais para arrependimentos.
Um brinde à noite de hoje, que se promete inesquecível.
Um brinde ao amanhã, que ainda ninguém mo contou.

É aqui que o mundo começa as suas voltas.
Nunca tu esperaste que assim fosse!
Vais atravessar oceanos, visitar a China, e ainda cá vais voltar!

Ah ah ah!

Sinto-me tão cabra, rebolo levemente os ombros enquanto me dobro para a frente, estendo a minha mão em cima da mesa, mesmo à tua frente, nunca viste os meus olhos assim.
Abres a boca para falar e eu vou-me embora a dançar.

Sou só eu. E quem eu quiser.

"Isto é melhor que droga"
"Já estás"
"Deves ter mesmo jeito"

Música.
Álcool.
Cartas.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A thousand girls, a thousand thrills...

...A million ways to spend your time.


E fazemos sempre o mesmo.

domingo, 20 de abril de 2008

E nada...

Sabes que o álcool não é um refúgio.
Sabes que a liberdade da droga é momentânea.
Sabes que um beijo é mais do que o Sol.

E continuas assim.

Pensas que sabes o que queres.
Pensas que nunca te contradizes.
Pensas que nunca vais interessar.

E nunca mais entendes...

Dizes que te sentes bem.
Dizes que é fácil.
Dizes que caminhas em frente.

E não páras de mentir.

Sabemos o que queremos fazer.
Sabemos o que podemos sentir.
Sabemos o que não estamos a dizer um ao outro.

E nada acontece.

Até quando?

terça-feira, 15 de abril de 2008

Foste...!

Podia pôr-me aqui a relatar o quanto me afectaste...
Ou como me senti quando te encontrei hoje...
Ou mesmo todas as razões que me deste para te odiar.

Mas não o vou fazer.

Estou feliz, sabes?

Estive hoje mais perto de ti do que alguma vez tinha estado depois de tu saires do quarto.
O que te disse eu?
O "Adeus!" mais indirectamente directo (ou directamente indirecto?) que alguém pode ouvir...

Nada.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Um Mundo Ideal

[ Ele ] Ai, eu vou lhe mostrar como é belo este mundo, já que nunca deixaram o seu coração mandar.
Eu lhe ensino a ver todo o encanto e beleza que há na Natureza, num tapete a voar!
Um mundo ideal! É um privilégio o ver daqui.
Ninguém para nos dizer o que fazer, até parece um sonho.

[ Ela ] Um mundo ideal!
Um mundo que eu nunca vi, e agora eu posso ver e lhe dizer que estou num mundo novo com você.

[ Ele ] Eu num mundo novo com você!

[ Ela ] Uma incrível visão, neste voo tão lindo. Vou planando e subindo para o imenso azul do céu!
Um mundo ideal!
[ Ele ] Feito só para você!
[ Ela ] Nunca senti tanta emoção!
[ Ele ] Pois então aproveite!
[ Ela ] Mas como é bom voar! Viver no ar! Eu nunca mais vou desejar voltar...

[ Ele ] Um mundo ideal!
[ Ela ] Com tão lindas surpresas!
[ Ele ] Com novos rumos para seguir...
[ Ela ] Tanta coisa importante!
[ Os dois ] Aqui é bom viver, só tem prazer! Com você não saio mais daqui...

Um mundo ideal... Que alguém nos deu...

[ Ele ] Feito para nós...

[ Ela ] Somente nós...

[ Os dois ] Só seu e meu...

Sono

Tiras-me o sono que não tenho.

.

sábado, 12 de abril de 2008

Às vezes até tenho orgulho...!

Já alguma vez te sentiste à espera de algo que não vem?
Já alguma vez te agarraste a algo que não existia?
Já alguma vez te sentiste pisado/a por alguém muito mais pequeno?

Sim? Eu também...
Não? Pois, eu já!

Já alguma vez te lixaste completamente para isso?
Já alguma vez te mostraste maior do que te julgam?
Já alguma vez te riste de toda a situação?

Não? Pois, eu já!
Sim? Eu também...

...E senti-me muito melhor!!

"Dançaaaa! Mexe-te!"

Cansada de muita coisa, por muita coisa, lá vai ela.
Ela gosta da música, mas não tem vontade de se mexer.

Encosta-se ao bar, procura alguém.
Não vê ninguém... Que a faça mexer.

Passa o resto da noite num balcão de bar aberto.
Um, outro, e depois outro...
Perdeu-lhes a conta, nem sabe quantos dedos tem nas mãos.

Alguém agarra o braço dela e grita "Dançaaaa! Mexe-te!".
Ela sacode rapidamente o braço e grita "Deixem-me em paz!".

Deprimida, o álcool puxa-lhe pelas lágrimas.
Estraga a noite aos amigos.

No dia seguinte, a ressaca relembra-lhe o motivo de ter bebido tanto.
Ela sente-se fraca, impotente, quer chorar.



Não sei quem ela é.

A minha noite foi tudo menos isto! :D
Animada, Leoa, decotada... Mulher!

Criança antes de tudo.
Cansada, mas com uma agitação que não me dava descanso.

Parei muita vez. Dizia que estava cansada.
Mas deprimida..? Não, mesmo! :D

"Aleeeex! 'Bora dançaaaar!"
E lá ia eu.

Não tenho refúgios. Não me criaram vícios.
E mais ainda, ninguém me gritou "Dançaaaa! Mexe-te!".


*

terça-feira, 8 de abril de 2008

Volto a dizer:

Apetece-me... qualquer coisa que não sei o que é.

Queria fechar os olhos e acordar quando me desse a vontade.

Quando acabassem os mexericos e as coscuvelhices pelo menos.

Sei lá, quando a minha vida fosse interesse só meu e daqueles que me querem bem.

Apetecia-me correr novos riscos, partir em novas aventuras, ou na mesma que não acabou, fazer o que já fiz, porque não me arrependo!

Mas não me apetecia nada que isso andasse na boca do mundo.

Vou ter que aprender a calar-me, ou a contar certas coisas só ao espelho.

Se calhar confiei mais do que devia.

Por enquanto, isso acabou.

Sei quem não me quer mal, sei quem não me quer mal nem bem.

Agora sei distingui-los.

Agora vai ser diferente.

Agora quero responder a um mail e dizer que também eu quero voltar depressa porque sei que és quem não me quer mal.

E isso faz toda a diferença!







Que se manifestem aqueles que estiverem interessados!

Quem preferir o silêncio, consente inconsciente todas as minhas palavras, indirectamente directas ao assunto.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

No winners or losers !!

Pois é...

Aquele post das apostas...?
Para esquecer. De vez!

Sorry guys! Better luck next time!

Aquele cantinho...

... e os sonhos de menino!! :D

LOOOL Estou a brincar! ^^ Continuem a ler!

--------

Hoje descobri que faço de qualquer canto 'Aquele cantinho'.
Tenho a mania de associar músicas e sítios a pessoas.

Pessoas e coisas. Coisas e pessoas.

Hoje descobri que associo muito mais a quem não devia existir do que às pessoas que realmente me interessam (ou a quem eu devia dar prioridade).
Tudo no mesmo sítio.

Hoje descobri que controlo bem o que faço.
Já o que me fazes querer fazer...

Não te vou associar a mais sítio nenhum.
Não te vou associar a mais música nenhuma.

O teu capítulo acaba aqui.
Tem que acabar.

Apaguei o teu número (à terceira é de vez!).

Por isso...

Adeus !

Poema de Meia Noite

Sempre que sonho, sonho por ti.
Sonho acordada, coordenada pelas vontades.

Tenho vontade de ti, e,
Quando fecho os olhos,
Tu tens vontade de mim.

Sempre foi assim.
Só de olhos fechados.

Sabes que estou aqui,
Por isso me afastas como podes.
Nem que para isso te finjas.
Nem que para isso não sejas.

Conheces o meu ódio.

sábado, 5 de abril de 2008

Romeo & Juliet

"A lovestruck romeo sings a streetsus serenade,
Laying everybody low with a lovesong that he made.
Finds a convenient streetlight, steps out of the shade,
Says something like "you and me, babe, how about it" ?"



E eu pensei em quê..?
Em absolutamente nada! :)


Concerto magnífico!

terça-feira, 1 de abril de 2008

1 de Abril...

Feliz dia das mentiras!

Chega..!!!

Diversão?

Tempos livres?

...Garantido??

Epa, chega!!!

Nunca mais! Entendes?



Põe gelo!!!

domingo, 30 de março de 2008

Vamos a apostas..?

"Olá!", dizes-me tu cheio de sorrisos.
Aqueles sorrisos confiantes que mostras sempre que me vês.
Estás cheio de confiança que vai ser como tu queres.

"Olá.", respondo-te eu com indiferença.
Sinto-me um turbilhão.
Vou lutar contra ti.

Pedes desculpa pelo atraso, de quase dois meses.
Estiveste ocupado, só agora te despachaste.
Da tua consciência.

Falo contigo, sempre séria e à distância.
A proximidade é fatal.
Dás cabo de mim.



Desenvolvimento 1:
Atiro-te à cara tudo o que de mal fizeste, não só a mim.
Faço-te perceber que o mundo não gira à tua volta e que não vou ser uma marioneta nas tuas mãos.
Não vais fazer de mim o que quiseres.
Ficas amuado enquanto eu pego nas minhas coisas e te digo "leva-me a casa".
"Até mais ver" é o que te faço ouvir quando saio do carro.
Fecho a porta sem olhar para trás e sigo até casa.
Tudo o que existiu, ou poderia ter existido, acabou ali.

Desenvolvimento 2:
Falo-te de todas as tuas atitudes que me desiludiram.
Percebes que me magoaste e que te sou completamente vulnerável.
Aproveitas-te desse conhecimento, pedes desculpa e até pareces sincero.
Encostas-te a mim, pões o braço por cima dos meus ombros e uma mão na minha perna.
Eu viro a cara para outro lado, mas quando te encaro...
Beijas-me, sabes que eu não fujo.
Voltamos ao que éramos, da melhor maneira possível.

Desenvolvimento 3:
Não digo uma única palavra sem ter todo o meu corpo a tremer.
Só tu me fazes tremer, e só tu me fazes parar.
Em dois segundos esqueço toda a minha irritação.
Só estamos nós os dois, não quero falar...
Tu também não. Assim não precisas de representar.
Quando sais, cansado, eu fico de novo a sentir-me bem e mal.
Muito bem. Um bocado mal.



Com vontade de tudo e de nada, não sei como reagir.
Três cenários bem prováveis.
Vamos a apostas..?

terça-feira, 25 de março de 2008

É isso !

Um mar de cabrões!
Nenhum se aproveita!
Não há soluções!
A merda está feita!

Mentiram à pessoa errada..!

Menosprezaram o meu orgulho!
Sim, sou orgulhosa.
Estou a foder-me para quem me fode.
E digo o que ninguém pode:

EU fico por cima!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Bebe...!

Pegas no copo, pedes que te passem o jarro, pegas no jarro, enches o copo, bebes até lhe ver o fundo.
Repetes este gesto uma e outra vez. Tantas vezes.

É porque te sabe bem? Não. Enjoa-te.
É porque te obrigam? Não. Tu mandas em ti.
É porque parece bem? Não. Vais fazer figura de parva.

"É porque depois vai ser divertido."

1º copo: Não acontece nada.
2º copo: Continuas igual.
5º copo: Começas a aumentar o nível da tua voz.
6º copo: Sentes-te com calor e começas a rir depois de falares.
10º copo: Estás farta de rir, já te dói a barriga.
15º copo: Já estás fora do restaurante.

Nesta altura já gritas pelo meio da rua, abraças-te a toda a gente e adoras todos os que estão como tu. Os outros não. São uns ranhosos, não bebem.

Chegas a um bar. Cravas uma cerveja.
Bebes e nem notas aquele sabor amargo que te arrepia quando estás sóbria.
Continuas a beber e a cantar músicas que só os bêbados cantam tão alto.
Estás divertida e queres continuar assim.
Recebes uma mensagem: "Está tudo bem?"
A mãe. Que querida.
Respondes: "Está tudo óptimo. O pessoal está a divertir-se bué!"
Pudera! Estão todos a rir!
Uns pelo álcool que também já levam nas veias, outros pelas figuras dos que beberam.
Todos pelas figuras dos que beberam.

Olhas para o relógio, a noite ainda é uma criança.
Por esta altura andas a tropeçar pelo Bairro Alto.
"Bora até Santos?"
E vão rindo e tropeçando pelas ruas de Lisboa até chegar a outro bar.
"Paga-me uma tequila!", dizes tu quando já tens que te apoiar no ombro da pessoa a quem berras ao ouvido. E tentas ficar com cara de santa e olhos de cachorro para que essa pessoa te pague mesmo um shot de tequila.
Não tens sorte.

Metes conversa com alguém que está a fumar para cravares um cigarro.
Os teus acabaram-se... há um mês atrás.
Pedes emprestado um isqueiro porque o teu está no fundo da mala, e ainda tens a consciência de que, no estado em que estás, não o vais encontrar.

Ouves "anda que eu pago!" vindo de alguém do teu grupo, não largas mais essa pessoa.
B-52, tequila, tequila.
Já nem vais dançar.
Sentas-te a um canto a ver acontecer tudo à tua volta.

Acordas.
Tens a boca seca, todo o teu corpo pede água.
Vais à cozinha... Não. Mudas a tua rota.
Destino: casa de banho.
Estás enjoada.
Dás de caras com o espelho. Que cara de zombie!
Tentas lembrar-te de como acabou a noite ontem.
Não recordas nem metade...

Quando voltas ao quarto procuras o teu telemóvel.
"Grande noite! Chegaste bem?"
É capaz... Nem isso sabes!

Sentes o teu estômago completamente vazio. Vais comer.
Estás melhor.
Andas às escuras. A claridade faz-te confusão.

Voltas à cama. O teu corpo pede descanso.
Passas uma hora com a televisão ligada, a passar pelas brasas.
Assustas-te com o vibrar do teu telemóvel.
Atendes.

"Hoje há grande festa em Santos! Bora todos para o Bairro e seguimos de lá!"

E, como numa espiral, no final desse dia tudo volta ao início.
Que tem isto de bom?
Não sabes.

Estás com os teus amigos, de certeza que se divertem.
Pelo menos metade do tempo tu sabes que sim.
Da outra metade nem tens ideia.

A noite da desgraça.
A noite da puta da bebedeira de que toda a gente te fala e promete.
A noite que vives a meio gás, gostas de uma parte dela.
Outra parte é-te indiferente.
A outra... Ignoras.

Mas é assim.
E vai continuar a ser.
Até que te prendam... Como tu (não) queres.

Amiguinha :)

Há sempre aquelas pessoas que nos incentivam a qualquer coisa.

...a sermos nós próprios.
...a mudar um bocadinho.
...a fazer qualquer coisa.
...a deixar acontecer qualquer coisa.
...a preocuparmo-nos com a vida.
...a mantermos uma amizade.

Tu és dessas pessoas.

Comecei agora a escrever isto porque estou a falar contigo no MSN, e enfim, apeteceu-me.

"Naqueles" momentos, tu estavas lá.
É verdade.
Aqui não há clichés.

Repreendeste-me.
Censuraste-me.
Ralhaste-me.
Gozaste-me.
Apoiaste-me.

Nas alturas em que devias. Não vou dar exemplos, nunca mais daqui saía.


Um post lamechas?
Pitice?
"Migas 4 ever" ??

Ya! Sem dúvida! :D


Abracinho! ^^
(Itália, não te esqueças!)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Passado...!

Deitei-me, mais uma vez, a desejar o que não tenho.

Adormeci a pensar que quero o que não tenho apenas porque não tenho.
Adormeci relaxada, consciente de que era só um capricho. E que não passava disso. Senti-me bem por conseguir controlar bem o que sinto e quero. Senti-me bem por ver que, mais uma vez, eu tinha razão e não desejo nem gosto daquilo que quero. Simplesmente quero.



Fui a uma espécie de mini-concerto com uma amiga que nunca tinha visto. A banda que eu não conhecia levou milhares de pessoas à loucura. Parecia que esperavam por aquele concerto há tantos anos quantos duravam as suas vidas.
O concerto baseou-se num pequeno medley de hits que não me diziam nada.
No fim do concerto, pelo gozo de coleccionar, eu e essa amiga fomos à caça dos autógrafos. Não conseguimos, os membros da banda tinham desaparecido. Ninguém percebeu nem como, nem porquê.
Estavam umas casas de banho ali perto, aproveitamos. Eu e a minha amiga que eu não conhecia.
Não me lembro bem da conversa. Mas sei que acabou com um "Tens jeito para as crianças! Já alguma vez pensaste em ser mãe?" vindo dessa tal amiga, na minha direcção. Acho que naquele momento fui atacada por um imenso instinto maternal e sorri com todos os sorrisos que em mim existem.
Continuámos a andar.
Eu vi um banco de jardim e fui sentar-me um pouco.
Estava calor, e ao lado do banco marcava o seu lugar uma árvore enorme, fantástica, acho que nunca vi uma igual. Ela aceitou-me na sua sombra.
Essa minha amiga ficou um pouco distante, estava ao telemóvel.
Com quem? Não faço ideia...
Deixei-me estar num sítio que me pareceu ideal, sentia-me lindamente, tudo estava a correr bem. Muito bem.
Pouco depois avistei os meus pais ao fundo da rua. Vinham os dois vestidos de preto, não é costume. Quando lhes sorri, com um sorriso feliz de quem se sente maravilhosamente bem, eles continuaram sérios a olhar-me nos olhos, enquanto continuavam a andar na minha direcção.
A minha amiga, que eu nunca tinha visto, veio de novo para perto de mim, ela também vinha séria.
Os meus pais ficaram parados a uns quantos passos de mim, olharam para a minha amiga, que eu não conhecia, e acenaram-lhe com a cabeça. Nunca alterando as suas feições.
Não fazia a mínima ideia do que se passava ali.
Então ela começou a falar, baixinho.
"Foi o João que me ligou, ele estava a ver na televisão umas notícias sobre explosões em Lisboa..." Eu não sei quem é o João, mas na altura deu-me a sensação que o conhecia.
"E caiu uma bomba na Portela.. O João estava na Portela..."
E eu perguntei a medo "Ele morreu?"
"Morreu. Ele e os que estavam com ele." Fiquei com pena do João, apesar de não o conhecer.
"Quem é que estava com ele?" Por esta altura íamos a caminhar ao longo de uma rua que eu também não conhecia, mas imaginei que ela conhecesse aquele caminho.
"O Pedro..." Continuávamos a andar.
"O David..." Ainda caminhávamos.

"O Ricardo..." E eu senti o meu coração parar.

Deixei de andar para cair de joelhos no chão. Queria gritar e nem isso conseguia, o meu peito doía-me mais do que alguma vez doera, chorava por todas as vezes que não chorei... Vi a minha mãe começar a chorar também e encostar a cara ao ombro do meu pai, que a abraçou.
Eu só pensava "Porquê?", e quanto mais me lembrava dele, e de tudo, mais chorava.



Acordei lavada em lágrimas, com um grito mudo preso na garganta.
Em dois segundos parei de chorar e pensei "que estupidez!", mas voltei a chorar depois de pensar no sonho que tinha tido.
Fiquei sentada na cama, revoltada.

Não vou questionar o que sinto. Sei bem o que sinto.
Mas nesta altura questiono o que senti.

Que merda...!

segunda-feira, 17 de março de 2008

O que falta aqui?

Hoje acordei com o vibrar do meu telemóvel. Não foi muito agradável, mas já é costume. E nem por ser costume deixa de ser irritante.
Sentei-me na cama a falar com uma voz que não reconheci de imediato. Pudera, era a voz do coração. Já não o ouvia há algum tempo, já nem sabia como lhe corria a vida.
Houve um afastamento nesta nossa relação. Sem dúvida.
Hoje falo com o meu coração só para saber como ele está. Não sei mais nada. Ele não me dá respostas, porque eu também não lhe pergunto nada.
Digo-lhe que estou com pressa e invento à pressa qualquer coisa para fazer, é o que se faz para despachar estas conversas.

Liguei a aparelhagem. Obriguei a Cher a cantar para mim. É boa música! Não me contradigam!
Fui a dançar para a casa de banho. Reparei, ainda a dançar, nas olheiras que tinha. Pensei, muito rápido: que se foda!
Pus um sorriso (continuava a dançar!), ajudei a Cher a cantar, e meti-me no banho.
Usei o chuveiro como microfone, e agi como se estivesse a dar eu própria um concerto perante milhares de pessoas (ainda bem que não estava!).
Saí do banho, de toalha enrolada ao corpo, descalça até ao quarto. Sempre a cantar e a dançar.
Enrolei outra toalha, esta no cabelo, olhei para o espelho e pensei "Marge Simpson!".
Vesti-me a dançar. Sim, é possível. E nunca parei de cantar.

Voltei à casa de banho, liguei o secador. Que merda! Quase não ouvia a música!
Tive que me despachar e não sequei totalmente o cabelo.
Fiz uma trança à francesa e fiquei no corredor a dançar.

'Cause I'm strong enough to live without you!
Strong enough! And I quit crying
Long enough! Now I'm strong enough to know you gotta go!


Oh yeah!

Preparei-me para sair. No fim acabou por não me apetecer. Dei-me conta que não tinha nem rumo, nem companhia.
Saí na mesma.
Fui sozinha pela rua fora, e, nem dois minutos depois, apercebi-me que tinha perdido o autocarro (MERDA!).
Fui ao café.
Saí mesmo a tempo de apanhar o autocarro a seguir ao que tinha perdido. Menos mal.

Fui buscar um bilhete para o Rock in Rio.
Um bilhete.
E segui sozinha para o Vasco da Gama.
Ver uma loja ou outra, sem grande moral para compras (o que é antagónico ao comportamento de uma miúda com dinheiro suficiente para comprar o que lhe apetecesse naquela altura).
Não quis comprar nada.
Não se compra!

Passei pela Portela para dar um beijo à Mariana.
Lá por ter combinado onde combinei não quer dizer nada.
Nem estava para aí virada. Não ando para aí virada. Não me quero virar para aí.
Vim embora para casa, já de noite, sozinha no autocarro.

Incrível a diferença!
Já não me sentia Cher nenhuma.
Sentia-me apenas uma parte...

"Então, onde estiveste?"
Odeio estas perguntas.

Liguei o computador.

Não me apetecia falar com ninguém... Liguei o MSN só por ligar. Ou pelo hábito.
Voltei a fazer a trança que já se desfizera à muito tempo.
Sentei-me no sofá, encostei-me para o lado esquerdo, pus os pés para cima e tapei as pernas com uma mantinha que está sempre por perto.
Fiquei a olhar para o nada.
Eu sei que à minha frente estava a televisão, que já estava ligada quando entrei na sala, mas baixei-lhe o som e nem via o que estava a dar.

Fartei-me.
Levantei-me e fui ao quarto.
Fiquei parada à porta, queria dali qualquer coisa que nem eu sabia o que era.
Mas no fundo sabia que, por mais que a procurasse no quarto, não ia estar lá.

Não está em lado nenhum.

Nem no telemóvel que não toca.
Nem no quarto que está vazio.
Nem na sala que só me vê a mim.
Nem na casa que sabe o que quero.
Muito menos em mim.

Em tão pouco tempo...
De invencível a incompleta.

Não me faz falta, não sinto a falta, mas tudo me leva a pensar no que não existe.

Ouvi uma voz muito distante, mas não lhe quis dar atenção.

Estou a dar em doida?

O Banqueiro Anarquista - Fernando Pessoa

O mal verdadeiro, o único mal, são as convenções e as ficções sociais, que se sobrepõem às realidades naturais - tudo, desde a família ao dinheiro, desde a religião ao estado. A gente nasce homem ou mulher - quero dizer, nasce para ser, em adulto, homem ou mulher; não nasce, em boa justiça natural, nem para ser marido, nem para ser rico ou pobre, como também não nasce para ser católico ou protestante, ou português ou inglês. É todas estas coisas em virtude das ficções sociais. Ora essas ficções são más porquê? Porque são ficções, porque não são naturais.

quinta-feira, 13 de março de 2008

O que acontecia se fosse diferente?

E se hoje fosse sexta feira?
E se eu já estivesse de férias outra vez?

E se eu fosse para o fim do mundo?
E se te levasse comigo?
E se fores tu para longe?
E se eu for contigo?

E se tudo for incompatível?
E se não houver direitas?
E se nem sequer houver avessas?

E se não houvesse luz?
E se não houvesse noite?

E se não houvesse encontros?
E se existissem apenas duas pessoas imortais?

E se a vida fosse mais longa?
E se a vida acabasse hoje às 23h30?

E se eu tivesse que escolher alguém perfeito?

E se nada fosse como estamos habituados?

E se uma vida não chegar para se ser feliz?
E se num dia mudássemos as nossas vidas?

E se tudo fosse como nos filmes?
E se a minha vida desse um filme?
E se eu tiver mais para dar?
E se eu já estiver a dar demais?


E se eu me deixar de "E se's" e viver a minha vida como ela é?


*

À espera de uma nova fase...

Foram efémeros os momentos que agiram como anos.
Os anos que eu precisava que passassem por mim...
- Mas não queria.

A cada passo, a cada ano, a cada nova esperança, ia gostando mais e mais do som da areia no passeio a ranger por baixo dos meus pés.
- Era o som do avançar.

Aquele cantinho, verde de esperança, que um dia foi meu e dele, ouviu o meu adeus.
Deixei-lhe um postal para que lesse depois. Era um postal de quase despedida.
Disse-lhe que sabia que ele voltaria quando eu voltasse, e só quando eu voltasse.
- O cantinho também sabe. Ele é que não.

O céu preocupou-se comigo.
Eu abracei uma estrela e disse-lhe baixinho "Fica descansada", mas sei bem que não ficou. Nem ela, nem as outras.
- Adoro as minhas estrelas.

E adoro aquele junkie...

Odeio vícios!

Mas adoro viciar-me...


Voltei à minha vida, à minha rotina, e sinto que não vou voltar mais ao que era antes.

Não tem mais jeito...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Estou farta de ti !

Estou mesmo!

Deixa de dizer que me queres com esse silêncio imbecil!
Deixa de atear incêndios que nunca vais apagar!
Deixa-te de mentiras e vive apenas das vontades dos teus instintos!

Vai-te embora e leva-me esta inquietação para bem longe!
Não dou dois passos sem pensar se estarás ao virar da esquina...
Não bebo um café sem pensar quando te vou ver...
Não fumo um cigarro que não me saiba a ti.
Ou a qualquer coisa depois de ti...

Hoje apaguei-te da minha lista telefónica.
Antes sabia que se te ligasse tu não atendias.
Agora sei que não te vou ligar.
Liga tu. Quando quiseres.
Quando eu quiser.
Eu quero sempre.

Odeio-te! Tu sabes demais!

Devia matar-te.

Tentei morrer, juro que tentei.
Lembras-te?
"Vou ver se morro hoje... Adeus!"
Eu lembro-me.
Não resultou!
Devo ter entrado em coma... Mas não morri.
Nota-se.

És o pior dos maus que conheço.
És o melhor dos bons que me conhecem.
És tudo aquilo que já te disse.

Não és absolutamente nada!
Não vales nada.

Consomes-me.
Atordoas-me.

Odeio-te.


Quando é que voltas...?

domingo, 9 de março de 2008

Previsão da despedida.

Não sei se te lembras das juras que fizémos.
Talvez por nunca as termos feito.
Eu sinto que sim.
E foram juras eternas.
Estarei para sempre ligada a ti.
Pelo menos pela parte mais crescida de mim.
Aquela que tu um dia criaste.
Foste importante, e continuarás a ser;
Sempre que eu me lembrar que cresci.


Não me digas adeus!

Eu nunca to disse...



- - - - -



Hoje é dedicado a uma coisa amarela.

Ainda não foste embora e já me fazem falta os teus assobios!




*


(22.05.2007)

A ti...

Parabéns!

Antes de mais: Parabéns!

Acho importante (não por hoje ser o dia que hoje é, mas porque me apetece) dizer que és capaz de ser mais do que aquilo que julgas.

Não imaginas como me ajudaste a crescer.
Não imaginas o que influenciaste.
Não imaginas o que inspiraste...

Tanta coisa!

Sei bem que não gostas destas coisas. Azar o teu!
O teu remédio é poderes decidir não ler o resto.
A tua maldição é a curiosidade... Não?

Olha bem para a sorte que tens, eu própria decido agora não alongar demasiado este... texto?

Vou acabar a mandar-te um abraço, daqueles que se dão a quem se quer bem.
E um beijo. Dos que dizem aquilo que as pessoas valem para nós.

Espero-te imensamente feliz.

Porque mereces.

=)


(O próximo post também foi um dia escrito a pensar em ti!)

sábado, 1 de março de 2008

Quero-te outra vez.

Quero-te outra vez.

Porque só tu me sabes dar prazer, sorrisos, alegrias, contentamentos, tranquilidade, segurança, espaço, independência e dependência, e cada vez mais vontade de ti.
- E porque é tudo ao mesmo tempo! -
Porque só tu me permites.
Mesmo estranha, mesmo triste, mesmo meio apagada, tu deixas-me estar, dás-me novo alento.

Apaixonei-me novamente quando te voltei a ver.
Sinto que te enfeitaste só para mim.
Estavas ainda mais bonito do que eu me lembrava.

A tua sombra recortada nos montes tanto me dá toda a vontade de te percorrer o corpo, como me faz desejar ficar imóvel, confortável, seguramente encaixada nas palmas das tuas mãos. Tu nunca me deixarias cair. Eu sei que não.

Tu és fiel aos que te querem bem. Tu és-me fiel a mim, que te trago sempre (sempre!) no coração. Tu és fiel a ti próprio, nunca mudas. Nem nunca precisarás de mudar.
És perfeito tal como és.

Adoro a maneira como me abraças sempre que me vês.
Adoro deixar tudo para te ver.
Adoro ver-te, sentir-te, tocar-te, cheirar os teus perfumes carregados de ti.

Adoras que te olhe, que te tente perceber.
Mas só tu é que me percebes a mim. Não foste feito para que te compreendessem.

Estamos sempre sozinhos. Se estou contigo, estamos sozinhos.
Quando mais alguém me acompanha faz, de muitas formas, parte de ti.

Como eu te adoro...!
Como eu te quero...!

Como eu te admiro na tua simples perfeição...!

Como eu te amo, meu Alentejo!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Momentos Meus e Nossos

Sim, eu sei que o que quero não queres tu.
Mas não posso evitar querer.
O que quero, quero já há muito tempo.
Tu só te vieste meter no meio.
Há uns bons anos atrás já eu nos tinha idealizado.
Hoje vieste reforçar esse ideal.
Não te parece lógica a tua intervenção?
Não achas que devia ser assim?
Achas melhor esquecer?
Pois eu acho melhor não...
Sempre foram estas coisas que me deram vontade de respirar.
E aqueles pequenos pormenores?
Perfeitos!!
Uma, duas, três palavras...
E basta para me deixar feliz.
Uma palavra já me fez festejar, sabes?
Foi tão grande a surpresa.
Há momentos em que me deixas numa total paz de espírito.
Paz tal que me deixa a divagar por lugares comuns onde gostava de, pelo menos, te poder abraçar.
Mas nada.
Já te quis abraçar mais de cem vezes...
E mais de cem vezes tu não deixaste.
Será que as cem coisas que me disseste eram verdade?
Ou é a simples falta de vontade?
Não sei se sabes que te quero.
Sei, sim, que sabes que gosto de ti, e que te quero tocar, sempre que possa.
Faz as contas...


Já sabes a resposta?

Hm, hm...

Caros leitores (ena! agora senti-me importante! ^^), até Sábado esta será a última vez que aqui venho.

P.: Porquê a ausência?
R.: Vou para o paraíso! =)

Não me refiro a nenhum paraíso fiscal (embora não fosse má ideia!), e não, também não vou morrer.
Digo simplesmente que vou para aquele cantinho de terra onde me sinto sempre bem. Onde me sinto realmente bem.

Vou para lá porque quero fugir desta rotina que me pesa nos ombros.
Apesar de não estar em aulas, esta coisa de ficar em casa para 'estudar', com tudo o que de bom ou mau possa trazer, deixou-me um pouco saturada de nem sei bem o quê...

Vou encontrar-me outra vez, voltar com mais sorrisos, e com mais desejo de lá voltar.
Quem conhece (quem de facto conhece) aquele sítio sabe porque falo assim.

E já disse mais do que queria, não vim fazer este post para publicitar aquela terra.

Vim só para dizer que, como vou estar fora quase três dias, vou deixar aqui mais um poema.
Para não deixar isto às moscas, e para, quiçá, ter uma boa surpresa quando aqui voltar.


Deixo-vos todos os sorrisos que agora tenho.

Deixo-vos a boa disposição que me enche o espírito.

Deixo-vos tantos asteriscos quantos quiserem.

E mais um post, com mais um poema! =)

*

Poema de Ser Outra Vez

É neste dia de visões
Que quero saber mais de mim.
É neste rebuscado sonho
Que vou seguindo por aqui.

Revi-me no teu rosto,
Qual espelho platinado.
Um irreal capítulo.
- ainda ontem o vi passar.

Um beijo infinito ao luar.

Um esboço olhava-me, moreno
(olhava e fazia-se olhar),
Do outro lado do vidro
Imposto entre mim e o lado de lá.

Faço que passe por lá a palavra
Daquilo que quebrados fazemos,
Transmito a sensação;
- uma liberdade enclausurada,
uma qualquer janela esfumada -
Gelo que me aquece o sangue.

Sei que sabes de mim,
Que já me encontraste.
O que não sabes é que sei fugir.
Hoje, e amanhã mais um pouco.
Só.
Logo me podes alcançar.

Não que queiras, mas porque quero,
Fiz a história e já te contei.
Não hoje!

Mas amanhã...
- ai, o amanhã! -
Será tempo de ansiedade.
Saudade de reencontro.

Um canto pingado de passado.
Um nome já tão adorado.
A estupidez do sonho,
A ingenuidade da ilusão.

E hoje outra vez, talvez!
Não sei...
O que vês?

Eu vi gotas da tua essência,
As provas da cruel existência
De tão ansiado estado de querer
Ser o dobro da metade que possuo,
O todo que poucos podem ser.

Voo nas nuvens.
Tu apareceste-me à frente.
O que dizes já dorme ao meu lado...

Introdução (?!)

No fundo, este blog começou pela existência de textos meus escritos há uns anos (ou quase). Alguns foram já publicados no Lisobib, outros continuam segredos meus.

O objectivo deste blog, embora não muito definido, passa de certeza pela publicação disso a que, um dia, alguém chamou arte. Assim sendo, nos primeiros tempos de vida, ele vai viver de partes do meu passado.

Não tenho o hábito de deixar datas no que escrevo, por isso os textos não vão certamente estar por ordem cronológica. Qualquer ideia de aparente evolução será apenas coincidência.

Aproveito este post para, injustamente, pedir que deixem a vossa marca, um comentário.
Só para ter um certo feedback...

(Talvez por entre folhas do passado apareça uma ou outra libertação actual... Talvez...)


Mais uma vez, a Chincha deixa um sorriso e um asterisco a todos que por aqui passarem.


=) *


"Façam o favor de ser felizes."

A primeira vez é sempre especial!

Olá!
É imperativo começar assim.

Este é o meu primeiro blog e, curiosamente, começou por não ser meu.
Foi-me oferecido (ou devo dizer imposto?).
Foi mesmo.

Depois de um gesto assim, sinto que não quero mais saber.
O passado não passa disso mesmo.
E hoje... Hoje é dia de me assumir.

Águia Branca.
Sou eu.
Chincha.
A minha pessoa.

Alexandra.
O meu nome.

O meu passado, que era e será sempre apenas meu, só eu o vivi.
Mesmo que o exponha ninguém saberá o que vivi.
Saberá apenas que, de facto, vivi.

E vivo.
E escrevo.

E por isso aceito este blog.
Comprometo-me a mantê-lo vivo.
Com passado, presente e futuro.

O nome fica mesmo este, Livre de Mim.
Faz sentido assim.

E a ti que mo deste, um abraço, um beijo, um obrigado.


A quem por aqui passar, a Chincha deixa um sorriso.
E um asterisco. *