domingo, 30 de março de 2008

Vamos a apostas..?

"Olá!", dizes-me tu cheio de sorrisos.
Aqueles sorrisos confiantes que mostras sempre que me vês.
Estás cheio de confiança que vai ser como tu queres.

"Olá.", respondo-te eu com indiferença.
Sinto-me um turbilhão.
Vou lutar contra ti.

Pedes desculpa pelo atraso, de quase dois meses.
Estiveste ocupado, só agora te despachaste.
Da tua consciência.

Falo contigo, sempre séria e à distância.
A proximidade é fatal.
Dás cabo de mim.



Desenvolvimento 1:
Atiro-te à cara tudo o que de mal fizeste, não só a mim.
Faço-te perceber que o mundo não gira à tua volta e que não vou ser uma marioneta nas tuas mãos.
Não vais fazer de mim o que quiseres.
Ficas amuado enquanto eu pego nas minhas coisas e te digo "leva-me a casa".
"Até mais ver" é o que te faço ouvir quando saio do carro.
Fecho a porta sem olhar para trás e sigo até casa.
Tudo o que existiu, ou poderia ter existido, acabou ali.

Desenvolvimento 2:
Falo-te de todas as tuas atitudes que me desiludiram.
Percebes que me magoaste e que te sou completamente vulnerável.
Aproveitas-te desse conhecimento, pedes desculpa e até pareces sincero.
Encostas-te a mim, pões o braço por cima dos meus ombros e uma mão na minha perna.
Eu viro a cara para outro lado, mas quando te encaro...
Beijas-me, sabes que eu não fujo.
Voltamos ao que éramos, da melhor maneira possível.

Desenvolvimento 3:
Não digo uma única palavra sem ter todo o meu corpo a tremer.
Só tu me fazes tremer, e só tu me fazes parar.
Em dois segundos esqueço toda a minha irritação.
Só estamos nós os dois, não quero falar...
Tu também não. Assim não precisas de representar.
Quando sais, cansado, eu fico de novo a sentir-me bem e mal.
Muito bem. Um bocado mal.



Com vontade de tudo e de nada, não sei como reagir.
Três cenários bem prováveis.
Vamos a apostas..?

terça-feira, 25 de março de 2008

É isso !

Um mar de cabrões!
Nenhum se aproveita!
Não há soluções!
A merda está feita!

Mentiram à pessoa errada..!

Menosprezaram o meu orgulho!
Sim, sou orgulhosa.
Estou a foder-me para quem me fode.
E digo o que ninguém pode:

EU fico por cima!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Bebe...!

Pegas no copo, pedes que te passem o jarro, pegas no jarro, enches o copo, bebes até lhe ver o fundo.
Repetes este gesto uma e outra vez. Tantas vezes.

É porque te sabe bem? Não. Enjoa-te.
É porque te obrigam? Não. Tu mandas em ti.
É porque parece bem? Não. Vais fazer figura de parva.

"É porque depois vai ser divertido."

1º copo: Não acontece nada.
2º copo: Continuas igual.
5º copo: Começas a aumentar o nível da tua voz.
6º copo: Sentes-te com calor e começas a rir depois de falares.
10º copo: Estás farta de rir, já te dói a barriga.
15º copo: Já estás fora do restaurante.

Nesta altura já gritas pelo meio da rua, abraças-te a toda a gente e adoras todos os que estão como tu. Os outros não. São uns ranhosos, não bebem.

Chegas a um bar. Cravas uma cerveja.
Bebes e nem notas aquele sabor amargo que te arrepia quando estás sóbria.
Continuas a beber e a cantar músicas que só os bêbados cantam tão alto.
Estás divertida e queres continuar assim.
Recebes uma mensagem: "Está tudo bem?"
A mãe. Que querida.
Respondes: "Está tudo óptimo. O pessoal está a divertir-se bué!"
Pudera! Estão todos a rir!
Uns pelo álcool que também já levam nas veias, outros pelas figuras dos que beberam.
Todos pelas figuras dos que beberam.

Olhas para o relógio, a noite ainda é uma criança.
Por esta altura andas a tropeçar pelo Bairro Alto.
"Bora até Santos?"
E vão rindo e tropeçando pelas ruas de Lisboa até chegar a outro bar.
"Paga-me uma tequila!", dizes tu quando já tens que te apoiar no ombro da pessoa a quem berras ao ouvido. E tentas ficar com cara de santa e olhos de cachorro para que essa pessoa te pague mesmo um shot de tequila.
Não tens sorte.

Metes conversa com alguém que está a fumar para cravares um cigarro.
Os teus acabaram-se... há um mês atrás.
Pedes emprestado um isqueiro porque o teu está no fundo da mala, e ainda tens a consciência de que, no estado em que estás, não o vais encontrar.

Ouves "anda que eu pago!" vindo de alguém do teu grupo, não largas mais essa pessoa.
B-52, tequila, tequila.
Já nem vais dançar.
Sentas-te a um canto a ver acontecer tudo à tua volta.

Acordas.
Tens a boca seca, todo o teu corpo pede água.
Vais à cozinha... Não. Mudas a tua rota.
Destino: casa de banho.
Estás enjoada.
Dás de caras com o espelho. Que cara de zombie!
Tentas lembrar-te de como acabou a noite ontem.
Não recordas nem metade...

Quando voltas ao quarto procuras o teu telemóvel.
"Grande noite! Chegaste bem?"
É capaz... Nem isso sabes!

Sentes o teu estômago completamente vazio. Vais comer.
Estás melhor.
Andas às escuras. A claridade faz-te confusão.

Voltas à cama. O teu corpo pede descanso.
Passas uma hora com a televisão ligada, a passar pelas brasas.
Assustas-te com o vibrar do teu telemóvel.
Atendes.

"Hoje há grande festa em Santos! Bora todos para o Bairro e seguimos de lá!"

E, como numa espiral, no final desse dia tudo volta ao início.
Que tem isto de bom?
Não sabes.

Estás com os teus amigos, de certeza que se divertem.
Pelo menos metade do tempo tu sabes que sim.
Da outra metade nem tens ideia.

A noite da desgraça.
A noite da puta da bebedeira de que toda a gente te fala e promete.
A noite que vives a meio gás, gostas de uma parte dela.
Outra parte é-te indiferente.
A outra... Ignoras.

Mas é assim.
E vai continuar a ser.
Até que te prendam... Como tu (não) queres.

Amiguinha :)

Há sempre aquelas pessoas que nos incentivam a qualquer coisa.

...a sermos nós próprios.
...a mudar um bocadinho.
...a fazer qualquer coisa.
...a deixar acontecer qualquer coisa.
...a preocuparmo-nos com a vida.
...a mantermos uma amizade.

Tu és dessas pessoas.

Comecei agora a escrever isto porque estou a falar contigo no MSN, e enfim, apeteceu-me.

"Naqueles" momentos, tu estavas lá.
É verdade.
Aqui não há clichés.

Repreendeste-me.
Censuraste-me.
Ralhaste-me.
Gozaste-me.
Apoiaste-me.

Nas alturas em que devias. Não vou dar exemplos, nunca mais daqui saía.


Um post lamechas?
Pitice?
"Migas 4 ever" ??

Ya! Sem dúvida! :D


Abracinho! ^^
(Itália, não te esqueças!)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Passado...!

Deitei-me, mais uma vez, a desejar o que não tenho.

Adormeci a pensar que quero o que não tenho apenas porque não tenho.
Adormeci relaxada, consciente de que era só um capricho. E que não passava disso. Senti-me bem por conseguir controlar bem o que sinto e quero. Senti-me bem por ver que, mais uma vez, eu tinha razão e não desejo nem gosto daquilo que quero. Simplesmente quero.



Fui a uma espécie de mini-concerto com uma amiga que nunca tinha visto. A banda que eu não conhecia levou milhares de pessoas à loucura. Parecia que esperavam por aquele concerto há tantos anos quantos duravam as suas vidas.
O concerto baseou-se num pequeno medley de hits que não me diziam nada.
No fim do concerto, pelo gozo de coleccionar, eu e essa amiga fomos à caça dos autógrafos. Não conseguimos, os membros da banda tinham desaparecido. Ninguém percebeu nem como, nem porquê.
Estavam umas casas de banho ali perto, aproveitamos. Eu e a minha amiga que eu não conhecia.
Não me lembro bem da conversa. Mas sei que acabou com um "Tens jeito para as crianças! Já alguma vez pensaste em ser mãe?" vindo dessa tal amiga, na minha direcção. Acho que naquele momento fui atacada por um imenso instinto maternal e sorri com todos os sorrisos que em mim existem.
Continuámos a andar.
Eu vi um banco de jardim e fui sentar-me um pouco.
Estava calor, e ao lado do banco marcava o seu lugar uma árvore enorme, fantástica, acho que nunca vi uma igual. Ela aceitou-me na sua sombra.
Essa minha amiga ficou um pouco distante, estava ao telemóvel.
Com quem? Não faço ideia...
Deixei-me estar num sítio que me pareceu ideal, sentia-me lindamente, tudo estava a correr bem. Muito bem.
Pouco depois avistei os meus pais ao fundo da rua. Vinham os dois vestidos de preto, não é costume. Quando lhes sorri, com um sorriso feliz de quem se sente maravilhosamente bem, eles continuaram sérios a olhar-me nos olhos, enquanto continuavam a andar na minha direcção.
A minha amiga, que eu nunca tinha visto, veio de novo para perto de mim, ela também vinha séria.
Os meus pais ficaram parados a uns quantos passos de mim, olharam para a minha amiga, que eu não conhecia, e acenaram-lhe com a cabeça. Nunca alterando as suas feições.
Não fazia a mínima ideia do que se passava ali.
Então ela começou a falar, baixinho.
"Foi o João que me ligou, ele estava a ver na televisão umas notícias sobre explosões em Lisboa..." Eu não sei quem é o João, mas na altura deu-me a sensação que o conhecia.
"E caiu uma bomba na Portela.. O João estava na Portela..."
E eu perguntei a medo "Ele morreu?"
"Morreu. Ele e os que estavam com ele." Fiquei com pena do João, apesar de não o conhecer.
"Quem é que estava com ele?" Por esta altura íamos a caminhar ao longo de uma rua que eu também não conhecia, mas imaginei que ela conhecesse aquele caminho.
"O Pedro..." Continuávamos a andar.
"O David..." Ainda caminhávamos.

"O Ricardo..." E eu senti o meu coração parar.

Deixei de andar para cair de joelhos no chão. Queria gritar e nem isso conseguia, o meu peito doía-me mais do que alguma vez doera, chorava por todas as vezes que não chorei... Vi a minha mãe começar a chorar também e encostar a cara ao ombro do meu pai, que a abraçou.
Eu só pensava "Porquê?", e quanto mais me lembrava dele, e de tudo, mais chorava.



Acordei lavada em lágrimas, com um grito mudo preso na garganta.
Em dois segundos parei de chorar e pensei "que estupidez!", mas voltei a chorar depois de pensar no sonho que tinha tido.
Fiquei sentada na cama, revoltada.

Não vou questionar o que sinto. Sei bem o que sinto.
Mas nesta altura questiono o que senti.

Que merda...!

segunda-feira, 17 de março de 2008

O que falta aqui?

Hoje acordei com o vibrar do meu telemóvel. Não foi muito agradável, mas já é costume. E nem por ser costume deixa de ser irritante.
Sentei-me na cama a falar com uma voz que não reconheci de imediato. Pudera, era a voz do coração. Já não o ouvia há algum tempo, já nem sabia como lhe corria a vida.
Houve um afastamento nesta nossa relação. Sem dúvida.
Hoje falo com o meu coração só para saber como ele está. Não sei mais nada. Ele não me dá respostas, porque eu também não lhe pergunto nada.
Digo-lhe que estou com pressa e invento à pressa qualquer coisa para fazer, é o que se faz para despachar estas conversas.

Liguei a aparelhagem. Obriguei a Cher a cantar para mim. É boa música! Não me contradigam!
Fui a dançar para a casa de banho. Reparei, ainda a dançar, nas olheiras que tinha. Pensei, muito rápido: que se foda!
Pus um sorriso (continuava a dançar!), ajudei a Cher a cantar, e meti-me no banho.
Usei o chuveiro como microfone, e agi como se estivesse a dar eu própria um concerto perante milhares de pessoas (ainda bem que não estava!).
Saí do banho, de toalha enrolada ao corpo, descalça até ao quarto. Sempre a cantar e a dançar.
Enrolei outra toalha, esta no cabelo, olhei para o espelho e pensei "Marge Simpson!".
Vesti-me a dançar. Sim, é possível. E nunca parei de cantar.

Voltei à casa de banho, liguei o secador. Que merda! Quase não ouvia a música!
Tive que me despachar e não sequei totalmente o cabelo.
Fiz uma trança à francesa e fiquei no corredor a dançar.

'Cause I'm strong enough to live without you!
Strong enough! And I quit crying
Long enough! Now I'm strong enough to know you gotta go!


Oh yeah!

Preparei-me para sair. No fim acabou por não me apetecer. Dei-me conta que não tinha nem rumo, nem companhia.
Saí na mesma.
Fui sozinha pela rua fora, e, nem dois minutos depois, apercebi-me que tinha perdido o autocarro (MERDA!).
Fui ao café.
Saí mesmo a tempo de apanhar o autocarro a seguir ao que tinha perdido. Menos mal.

Fui buscar um bilhete para o Rock in Rio.
Um bilhete.
E segui sozinha para o Vasco da Gama.
Ver uma loja ou outra, sem grande moral para compras (o que é antagónico ao comportamento de uma miúda com dinheiro suficiente para comprar o que lhe apetecesse naquela altura).
Não quis comprar nada.
Não se compra!

Passei pela Portela para dar um beijo à Mariana.
Lá por ter combinado onde combinei não quer dizer nada.
Nem estava para aí virada. Não ando para aí virada. Não me quero virar para aí.
Vim embora para casa, já de noite, sozinha no autocarro.

Incrível a diferença!
Já não me sentia Cher nenhuma.
Sentia-me apenas uma parte...

"Então, onde estiveste?"
Odeio estas perguntas.

Liguei o computador.

Não me apetecia falar com ninguém... Liguei o MSN só por ligar. Ou pelo hábito.
Voltei a fazer a trança que já se desfizera à muito tempo.
Sentei-me no sofá, encostei-me para o lado esquerdo, pus os pés para cima e tapei as pernas com uma mantinha que está sempre por perto.
Fiquei a olhar para o nada.
Eu sei que à minha frente estava a televisão, que já estava ligada quando entrei na sala, mas baixei-lhe o som e nem via o que estava a dar.

Fartei-me.
Levantei-me e fui ao quarto.
Fiquei parada à porta, queria dali qualquer coisa que nem eu sabia o que era.
Mas no fundo sabia que, por mais que a procurasse no quarto, não ia estar lá.

Não está em lado nenhum.

Nem no telemóvel que não toca.
Nem no quarto que está vazio.
Nem na sala que só me vê a mim.
Nem na casa que sabe o que quero.
Muito menos em mim.

Em tão pouco tempo...
De invencível a incompleta.

Não me faz falta, não sinto a falta, mas tudo me leva a pensar no que não existe.

Ouvi uma voz muito distante, mas não lhe quis dar atenção.

Estou a dar em doida?

O Banqueiro Anarquista - Fernando Pessoa

O mal verdadeiro, o único mal, são as convenções e as ficções sociais, que se sobrepõem às realidades naturais - tudo, desde a família ao dinheiro, desde a religião ao estado. A gente nasce homem ou mulher - quero dizer, nasce para ser, em adulto, homem ou mulher; não nasce, em boa justiça natural, nem para ser marido, nem para ser rico ou pobre, como também não nasce para ser católico ou protestante, ou português ou inglês. É todas estas coisas em virtude das ficções sociais. Ora essas ficções são más porquê? Porque são ficções, porque não são naturais.

quinta-feira, 13 de março de 2008

O que acontecia se fosse diferente?

E se hoje fosse sexta feira?
E se eu já estivesse de férias outra vez?

E se eu fosse para o fim do mundo?
E se te levasse comigo?
E se fores tu para longe?
E se eu for contigo?

E se tudo for incompatível?
E se não houver direitas?
E se nem sequer houver avessas?

E se não houvesse luz?
E se não houvesse noite?

E se não houvesse encontros?
E se existissem apenas duas pessoas imortais?

E se a vida fosse mais longa?
E se a vida acabasse hoje às 23h30?

E se eu tivesse que escolher alguém perfeito?

E se nada fosse como estamos habituados?

E se uma vida não chegar para se ser feliz?
E se num dia mudássemos as nossas vidas?

E se tudo fosse como nos filmes?
E se a minha vida desse um filme?
E se eu tiver mais para dar?
E se eu já estiver a dar demais?


E se eu me deixar de "E se's" e viver a minha vida como ela é?


*

À espera de uma nova fase...

Foram efémeros os momentos que agiram como anos.
Os anos que eu precisava que passassem por mim...
- Mas não queria.

A cada passo, a cada ano, a cada nova esperança, ia gostando mais e mais do som da areia no passeio a ranger por baixo dos meus pés.
- Era o som do avançar.

Aquele cantinho, verde de esperança, que um dia foi meu e dele, ouviu o meu adeus.
Deixei-lhe um postal para que lesse depois. Era um postal de quase despedida.
Disse-lhe que sabia que ele voltaria quando eu voltasse, e só quando eu voltasse.
- O cantinho também sabe. Ele é que não.

O céu preocupou-se comigo.
Eu abracei uma estrela e disse-lhe baixinho "Fica descansada", mas sei bem que não ficou. Nem ela, nem as outras.
- Adoro as minhas estrelas.

E adoro aquele junkie...

Odeio vícios!

Mas adoro viciar-me...


Voltei à minha vida, à minha rotina, e sinto que não vou voltar mais ao que era antes.

Não tem mais jeito...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Estou farta de ti !

Estou mesmo!

Deixa de dizer que me queres com esse silêncio imbecil!
Deixa de atear incêndios que nunca vais apagar!
Deixa-te de mentiras e vive apenas das vontades dos teus instintos!

Vai-te embora e leva-me esta inquietação para bem longe!
Não dou dois passos sem pensar se estarás ao virar da esquina...
Não bebo um café sem pensar quando te vou ver...
Não fumo um cigarro que não me saiba a ti.
Ou a qualquer coisa depois de ti...

Hoje apaguei-te da minha lista telefónica.
Antes sabia que se te ligasse tu não atendias.
Agora sei que não te vou ligar.
Liga tu. Quando quiseres.
Quando eu quiser.
Eu quero sempre.

Odeio-te! Tu sabes demais!

Devia matar-te.

Tentei morrer, juro que tentei.
Lembras-te?
"Vou ver se morro hoje... Adeus!"
Eu lembro-me.
Não resultou!
Devo ter entrado em coma... Mas não morri.
Nota-se.

És o pior dos maus que conheço.
És o melhor dos bons que me conhecem.
És tudo aquilo que já te disse.

Não és absolutamente nada!
Não vales nada.

Consomes-me.
Atordoas-me.

Odeio-te.


Quando é que voltas...?

domingo, 9 de março de 2008

Previsão da despedida.

Não sei se te lembras das juras que fizémos.
Talvez por nunca as termos feito.
Eu sinto que sim.
E foram juras eternas.
Estarei para sempre ligada a ti.
Pelo menos pela parte mais crescida de mim.
Aquela que tu um dia criaste.
Foste importante, e continuarás a ser;
Sempre que eu me lembrar que cresci.


Não me digas adeus!

Eu nunca to disse...



- - - - -



Hoje é dedicado a uma coisa amarela.

Ainda não foste embora e já me fazem falta os teus assobios!




*


(22.05.2007)

A ti...

Parabéns!

Antes de mais: Parabéns!

Acho importante (não por hoje ser o dia que hoje é, mas porque me apetece) dizer que és capaz de ser mais do que aquilo que julgas.

Não imaginas como me ajudaste a crescer.
Não imaginas o que influenciaste.
Não imaginas o que inspiraste...

Tanta coisa!

Sei bem que não gostas destas coisas. Azar o teu!
O teu remédio é poderes decidir não ler o resto.
A tua maldição é a curiosidade... Não?

Olha bem para a sorte que tens, eu própria decido agora não alongar demasiado este... texto?

Vou acabar a mandar-te um abraço, daqueles que se dão a quem se quer bem.
E um beijo. Dos que dizem aquilo que as pessoas valem para nós.

Espero-te imensamente feliz.

Porque mereces.

=)


(O próximo post também foi um dia escrito a pensar em ti!)

sábado, 1 de março de 2008

Quero-te outra vez.

Quero-te outra vez.

Porque só tu me sabes dar prazer, sorrisos, alegrias, contentamentos, tranquilidade, segurança, espaço, independência e dependência, e cada vez mais vontade de ti.
- E porque é tudo ao mesmo tempo! -
Porque só tu me permites.
Mesmo estranha, mesmo triste, mesmo meio apagada, tu deixas-me estar, dás-me novo alento.

Apaixonei-me novamente quando te voltei a ver.
Sinto que te enfeitaste só para mim.
Estavas ainda mais bonito do que eu me lembrava.

A tua sombra recortada nos montes tanto me dá toda a vontade de te percorrer o corpo, como me faz desejar ficar imóvel, confortável, seguramente encaixada nas palmas das tuas mãos. Tu nunca me deixarias cair. Eu sei que não.

Tu és fiel aos que te querem bem. Tu és-me fiel a mim, que te trago sempre (sempre!) no coração. Tu és fiel a ti próprio, nunca mudas. Nem nunca precisarás de mudar.
És perfeito tal como és.

Adoro a maneira como me abraças sempre que me vês.
Adoro deixar tudo para te ver.
Adoro ver-te, sentir-te, tocar-te, cheirar os teus perfumes carregados de ti.

Adoras que te olhe, que te tente perceber.
Mas só tu é que me percebes a mim. Não foste feito para que te compreendessem.

Estamos sempre sozinhos. Se estou contigo, estamos sozinhos.
Quando mais alguém me acompanha faz, de muitas formas, parte de ti.

Como eu te adoro...!
Como eu te quero...!

Como eu te admiro na tua simples perfeição...!

Como eu te amo, meu Alentejo!